Cientistas descobrem vacina experimental contra HIV

Por acaso você já ouviu falar do Dr. Robert Gallo? Esse nome pode até não ser muito famoso (ainda), mas o pesquisador biomédico que liderou a equipe responsável por desmascarar a causa da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) pode ficar internacionalmente conhecido em pouco tempo. O HIV é, até o momento, incurável. No entanto, mais de 30 anos após o “estouro” da AIDS, o Dr. Gallo ainda não parou sua busca incansável por descobrir formas de combater este vírus. E agora está prestes a testar uma vacina experimental contra HIV em humanos.
Como diretor do Instituto de Virologia Humana (IHV), Dr. Robert Gallo está lançando recentemente seu primeiro ensaio clínico para uma vacina “contra a AIDS” – esse projeto tem 15 anos de existência, inquietações e pesquisas, que podem estar agora dando os primeiros frutos significativos.
A busca por uma vacina contra o HIV e SIDA está em curso há décadas. Vacinas – que contem, como de costume, uma forma severamente enfraquecida do micróbio infeccioso, tem sido a arma mais eficaz na luta da humanidade contra uma variedade de doenças bacterianas e virais.

Que doenças já foram extintas com a descoberta de vacinas?

Quer um exemplo? A varíola foi completamente varrida do nosso querido Planeta Terra depois de um vasto e intenso programa de vacinação, com isso milhões de vidas foram salvas. Polio pode ser outro exemplo de vacinas que deram certo – apesar dos recentes problemas em áreas que são mal vacinados. O Sarampo pode ser encarado como outro sucesso das vacinas.

Em que pé anda a vacina contra HIV?


Sonho de muitos doentes pode estar próximo a realidade, com a vacina experimental contra HIV
O sistema imunitário humano parece ser incapaz de combater uma infecção por HIV; conseqüentemente, com exceção de um caso excepcional, ninguém jamais recuperou dessa infecção. Uma das formas de explicar essa complexidade é o fato da grande capacidade do HIV em sofrer mutações, por isso conceber uma vacina eficaz contra AIDS tem sido um enorme desafio. Alguns pesquisadores que já se dedicaram ao tema, pensam ser essa capacidade de mudação uma barreita intransponível.
Quando o HIV infecta uma pessoa, a sua proteína de superfície se liga a outra proteína de segmentos chamado o receptor CD4, que é encontrado em células brancas do sangue. Usando este ponto de retenção na glóbulos brancos como um ponto de paragem, que, em seguida, começa a se ligar com um segundo receptor chamado de co-receptor. Uma vez feita essa aderência, se torna possível infectar as “células brancas” do sangue e replicar-se.

Como funciona a vacina experimental “contra HIV”?


Teste deu positivo, e agora?
A vacina experimental da AIDS contém uma versão da proteína de superfície do HIV, que se liga a alguns segmentos dos receptores de CD4. Tal como acontece em outras vacinas, o objetivo é gerar anticorpos – as proteínas produzidas pelo sistema imunitário que procura e neutralizar agentes patogénicos bacterianos ou virais. Esses irão ligar-se com a proteína de superfície de HIV (ainda em transição), tentando impedir o processo a infecção antes que o vírus se replique.

Quem é responsável pela vacina HIV? Quando teremos acesso a ela?


Bem, apesar dos avanços, é preciso ir com calma – alguns passos ainda precisam ser dados. Antes da liberação de uma vacina, é comum uma série de testes em humanos. No caso do IHV, essa etapa de testes precisa ser ainda mais cautelosa. Os pesquisadores querem ter certeza da eficácia e dos potenciais dessa vacina experimental. Em último relato para a Revista Science, Dr. Gallo disse que apesar dos avanços e descobertas ao longo dos 15 anos de pesquisa, até que essas vacinas sejam disponibilizadas para o público geral, ainda é necessário um caminho de testes e experimentações em seres humanos.

Alguns dados sobre a AIDS


Causas relacionadas com a SIDA já matou 1,2 milhões de pessoas somente em 2014 – dados da Organização Mundial de Saúde. Se essa vacina der certo, se mostrando eficaz, seria a solução para a dor de muitas pessoas ao redor do mundo.

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