A maior arma que um esportista pode usar para ganhar as competições é a sua saúde, se ele se manter bem alimentado, se estiver bem descansado e com um bom condicionamento físico, a vitória é quase certa, no entanto, existem substancias químicas que podem fazer esse trabalho por ele, mesmo que isso seja ilegal.
A palavra "doping" tem origem inglesa e a sua tradução para o português é "dopagem", ou "dopagem bioquímica", como é utilizada em nosso país. Como o próprio nome sugere, a dopagem bioquímica, é a utilização de substâncias químicas para aumentar as aptidões físicas de um atleta, seja ele humano ou animal, como, por exemplo, tomar anabolizantes para aumentar a força devido ao aumento dos tecidos musculares.
Substancias químicas são utilizadas desde os primórdios das olimpíadas gregas, quando atletas bebiam chás preparados com a partir de plantas que pudessem aumentar o seu desempenho, assim como já realizavam dietas e seguiam receitas, pois, já sabiam que certos alimentos tinham mais componentes que pudessem beneficiá-los.
Existem alguns estimulantes e substâncias que podem aumentar a nossa performance esportiva que são tão comuns e estão tão presentes em nosso cardápio diário, que nem são considerados doping, dois bons exemplos são a cafeína, que ingerimos com o café e também a taurina, presente nas bebidas energéticas.
Um dos casos de doping mais conhecidos foi o da Maratona de St. Louis, nos Estados Unidos, de 1904 que, além de suas várias irregularidades e a desclassificação do primeiro colocado por ter pego carona com um carro, o qual o deixou a 7 km da chegada, ainda teve o segundo colocado -que acabou ficando com o primeiro lugar-, Thomas Hicks que, poucos quilômetros antes de concluir a prova, foi ajudado por seus amigos que o deram uma dose de estricnica, uma substancia altamente toxica usada em veneno de ratos, o que de fato o ajudou a completar o percurso, mas quase tirou a sua vida assim que cruzou a linha de chegada e parou de correr.
O que é muito comum nos dias de hoje é os treinadores oferecerem aos seus atletas remédios que são originalmente usados no tratamento de doenças que afetam exatamente as partes do corpo que querem desenvolver. Um bom exemplo é a eritropoietina, um hormônio que pode aumentar a produção de hemácias (que são as células do corpo que transportam o oxigênio) de pacientes com distúrbios de anemia e diabetes, o que pode ser um risco para quem não precise, pois, se o sangue tiver muito mais hemácias, vai precisar de uma maior circulação e consequentemente pode causar um AVC ou um infarto.
Outro hormônio que acabou saindo do alcance exclusivo dos médicos é o GH - growth hormone, que é usado para tratar distúrbios de crescimento como a Síndrome de Turner, no entanto, é usado desde os anos 90 para estimular o ganho de músculos e também a perda de gorduras, o que o tornou muito popular nos exames antidoping. O interessante é que seus usuários correm sérios riscos de sofrerem problemas de juntas e diabetes.
Esteroides anabolizantes que são muito comuns e também são os mais descobertos em exames antidopings são o dianabol, drostanolona e androsterona, que tem como objetivo principal reproduzir a nossa testosterona, um hormônio masculino que desenvolve os músculos, produz mais pelos e também acumula menos gorduras corporais. Até mesmo Shuazeneger já usou esteroides quando eles ainda eram permitidos no fisiculturismo.
Nas mulheres, os efeitos dos esteroides anabolizantes têm um efeito muito maior do que nos homens, afinal, a sua produção de testosterona é bem menor. Um bom exemplo da transformação que pode ser provocada por estes hormônios pode ser vista no transexual Andreas Krieger, que, enquanto era arremessadora de peso da Alemanha e se chamava Heidi Krieger, já apresentava características físicas masculinas do doping que era submetida desde os 16 anos.
Nos homens, os efeitos dos esteroides são exatamente ao contrário, pois, injetar hormônios que substituem a testosterona acaba atrofiando os principais responsáveis por sua produção, os testículos, causando uma atrofia. Além disso, o excesso de testosterona pode acabar causando o aumento de produção de esteroide sexual, o estrógeno, mais conhecido como o hormônio sexual masculino, o que faz com que cresçam seios no peito masculino.
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